quarta-feira, 8 de junho de 2011

Máquina de Escrever.











Meu coração é máquina de escrever:
a peste, a morte, o corpo e o prazer
a sensação das coisas
o mundo escuso do "Ter e não Ser"
a noite escura e a pele nua.
Mecanógrafo da vida
daqueles que tentam consertar o mundo
e deixam sobrar parafusos
para montar outro Homem
Um desses caras que quebrou a cara
desprezando Alzira
logo após um terno beijo.
Depois disso comeu uma linda puta estrábica
rasgando saia e calçinha
escavando fontes
ruminando línguas.
Dedilhando lírios e seios...
Daqueles caras que [I] lustra [M] o cesto das palavras:
a nudez d' alma
Um tipógrafo da vida
alinhando a escrita e os sonhos
na mecanização dos dias...
Ricardo Sodré.

sábado, 4 de junho de 2011

Claridade-Escuridão






Estrelas de sal cintilam na quebra das águas
Na dança de estrelas cadentes
Luzes erram no horizonte
Corpos soltos na imensidão
Solitários na claridade-escuridão como lampiões
Vagalumes brincam de acender
Lamparinas de lume ocultas
Ao luzir cores nos lampejos
Luminescentes brincam vivas e alegres
Como dançarinas envoltas em luzes.
Autora: Celimar Aleixo de Amorim
Dedico esse poema a minha avó Maria Barata do Nascimento (Mariquinha) e como eu não poderia deixar de recordar transcrevo um trecho da cantiga que ela costumava cantar na solitude dos seus olhos claridade-escuridão.
"No tempo da minha avó o amor era melhor
Cantava com alegria o amor da minha avó
Ai! dançarina tu és o lampião
Mas, ante a claridade do que a escuridão."

Amazônix: Uma Jóia Rara.

O Quinteto de sopros da Fundação Carlos Gomes é formado por alunos do curso de bacharelado em música pela Universidade Estadual do Pará (UEPA). Foi fundado em dezembro de 2008 inicialmente batizado de Ônix (uma pedra rara e preciosa) é integrado por jovens músicos que tem como meta tornar acessível ao público a música instrumental.
A pesquisa minuciosa de músicas eruditas e populares, a execução de um repertório baseado na música brasileira, na obra de compositores paraenses como Wilson Fonseca (Mestre Zoca) e obras específicas para música de camâra fazem parte das apresentações do grupo.
A interatividade com o público e a acessibilidade à música instrumental de um modo mais didático é de fato possível, já que os músicos procuram sempre contextualizar obra e compositor preservando a essência de cada peça, propondo um breve comentário da estrutura e sonoridade de cada instrumento, alguns não muito familiares ao grande público. Todos os instrumentos são comumente usados em orquestras: flauta, oboé, clarinete, fagote e trompa desde o século XVIII. Segundo Davi Silva: "procuramos manter a interatividade com a platéia dando o acesso à música de uma forma democrática, que faça o ouvinte identificar-se com a música, ou mais ainda, gerar reflexões sobre a infinidade do mundo musical e sobre as diferentes culturas, genêros e estilos musicais dentre outros".
O quinteto de sopros Amazônix (Amazônia + Ônix) é a tradução de como a multiculturalidade sonora é uma das características príncipais do mundo globalizado e de como as fronteiras entre música erudita e música popular foram demolidas há bastante tempo com o advento da música moderna e avanço dos meios de comunicação.
A principal tarefa deste quinteto é tornar PÚBLICA e ACESSÍVEL a música instrumental, reforçando as identidades locais (música popular-regional) e as identidades globais (erudita-popular). O grupo tem se apresentado em diversos espaços da cidade de Belém tais como Sala Ettore-Bósio (Instituto Carlos Gomes), recitais da Uepa, fonoteca pública do Centur, Teatro da Paz, programa Timbres da TV Cultura, assim como no interior do Pará como Castanhal e Igarapé-Açu.
No contexto em que a última fronteira de recursos hídricos, minerais e sustentáveis parecem estar localizados no Éden-Amazônico nossa musicalidade é o mais precioso bem cultural que precisamos sempre "explorar". Pois, esta jazida de timbres e sonoridades tanto amazônicas quanto universais não esgotam-se, assim como, o virtuosismo e o talento destes jovens lapidados na música que precisam ser sempre descobertos, valorizados e reconhecidos como minérios de incomparável valor.
O Grupo Amazônix é composto por Davi Silva (flauta), Tiago Neves (oboé) Salatiel Ferreira (clarinete), Régis Falcão (fagote), Jairo Moraes (trompa).
Contatos
Jairo Moraes- Celular 81108222
coordenador.
Davi Silva-Celular 87339491
Bacharel em música com habilitação em flauta pela Universidade Estadual do Pará.
Técnico em Flauta pelo Instituto Estadual Carlos Gomes.